Elas são figuras importantes nas relações familiares.
Qual é o papel das titias no dia a dia com os seus filhos? O que é ser tia?
Ficar na casa da tia pode ser tão gostoso quanto passar o dia com a avó. É ela quem dá amor e afeto, porém, sem aquelas obrigações do dia a dia ou puxões de orelha das mães.
“As tias são um espécie de suplemento dos pais e podem ser fontes alternativas de diversão e companheirismo”, explica a psicóloga Camila Santhiago, de Blumenau, Santa Catarina.
O sentimento de carinho começa já no nascimento, e pode ser ainda mais intenso se a mulher não tiver filhos ou for o primeiro sobrinho.
“Se houver respeito e reconhecimento com irmão e cunhados, a relação será melhor com a criança”, conta Eliana Moreira, terapeuta de família.
Elas não carregam responsabilidade de cobrança. Os encontros costumam ser mais divertidos, já que não existem as regras e obrigações existentes na rotina diária com os pais.
As tias estão sempre disponíveis para tirar a criança de casa e só ela saber fazer a melhor cabaninha para acampar no sofá.
“A relação é mais de diversão mesmo e de amor, uma forma mais suave”, conta a psicoterapeuta Cristiane Pertusi.
“Amor e limites andam juntos. Em alguns casos, quando as mulheres optam por abrir mão da maternidade, elas adotam os sobrinhos como seus próprios filhos.
Geralmente, quando ele é filho da irmã esse estreitamento da relação acontece com mais facilidade”, conta Camila.
As regras da tia são sempre mais elásticas. Ela aborda de outra maneira e a criança tende a ouvir com medo de decepcioná-la.
O vínculo de amizade é muito forte. A tia vira melhor amiga justamente por saber ouvir a criança, sem julgá-la com ares de crítica ou cobrança.
O pequeno se sente mais seguro contando os segredos, sem receio de como será a resposta do adulto em relação ao desabafo.
“É muito importante cultivar esse vínculo, ajuda na criação da autoestima. É um porto seguro para ela”, diz a psicoterapeuta.
Claro que a vontade é de mimar a criança com tudo o que estiver ao seu alcance.
Afinal, cada momento ao lado dela é sempre delicioso. Mas é preciso ter limites na corujice.
Além de ser importante para a formação do baixinho, que também erra e precisa ser corrigido, muito dengo pode estragar a relação com os pais.
“Na hora da bronca da mãe ou do pai, a tia não pode interferir, precisa sustentar a autoridade deles”, lembra Cristina.
Os passeios feitos com a tia geralmente são inesquecíveis para a criança. Ela se sente mais solta e livre, já que as regras são diferentes dos pais.
Poder dormir mais tarde que o costume, ir ao cinema e comer pipoca até cansar, assistir ao teatro do momento e sair cheio de brinquedos que brilham no escuro
ou ainda ganhar picolé durante uma gostosa tarde no parque. “Tem sempre muitas aventuras, alegria e bagunça”.
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